Os Pensamentos e Caminhos de Deus

Os Pensamentos e Caminhos de Deus É comum ouvirmos pessoas evangélicas se dirigirem a Deus com as seguintes palavras: "seus caminhos são maiores que os meus, e seus pensamentos são melhores do que os meus". Todos que se dirigem assim a Deus, ao que parece, tem por base uma única passagem da bíblia, a saber: Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos , nem os vossos caminhos os meus caminhos , diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos. [Is 55.8-9] Mas será que isto está evangelicamente correto? Será que esta mensagem é dirigida aos filhos de Deus? Já, em eu vos questionar, vos incito a voltar ao texto e, se fizerdes uma leitura mais detida, percebereis que a resposta é NÃO . Se a resposta à pergunta acima posta é não , podemos afirmar, então, que os pensamentos e caminhos dos filhos de Deus são iguais aos p...

Go’el HaDahm – O Projeto da Redenção

Go’el HaDahm – O Projeto da Redenção

 Mão-livre-levantadas
A história da REMIÇÃO [ou redenção] se confunde com a história do pecado.

Tendo se dado como escravo debaixo do pecado, pela desobediência, o homem passa a ter sobre si uma cédula de pertencimento ao mal, cuja quitação só pode se dar mediante a troca por alguém de mesma natureza humana, desde que sem pecado.

A ideia de ser liberto mediante um redentor passa, agora, a permear a vida do homem que não quer viver sob a influência do mal.

Esta era a condição para que a dívida decorrente da transação entre o homem e o satanás fosse quitada.

Nesse sentido, o homem passa a esperar para si O Remidor [ou redentor], a semente da mulher, que viesse para esmagar a cabeça da serpente, isto é, tirasse de sobre o homem a ordem de pertencimento ao mal, resgatando-o do Império das Trevas.

A REMIÇÃO, assim, é o resgate por determinado preço.

A REMIÇÃO [redenção], logo, é diferente da REMISSÃO. A remição pressupõe o pagamento de uma dívida para que se efetue o resgate de algo ou de alguém. Por sua vez, a remissão é a graça, o indulto, o ato de se perdoar voluntariamente uma ofensa.

Apesar de serem pronunciadas de modo idêntico [homônimas], as palavras remição e remissão possuem significados distintos. As Escrituras distinguem-nas, não só em seus significados, mas também por representarem institutos distintos na relação Deus-Homem e Homem-Deus.

Remição/redenção está ligada ao verbo remir/redimir: significa perdão oneroso, resgate por um preço, comutação.

Remissão está ligada ao verbo remitir: que pode significar perdoar por graça; indulto; ou remeter, apontar.

No Direito, REMIÇÃO é o ato ou efeito de remir: resgatar, quitar, liberar da pena ou dívida. Por sua vez, REMISSÃO é ato de remitir: perdoar, renunciar ou absolver.

Portanto, é dessa ciência que os Sacros Escritores, guiados pelo Espírito de Deus, pegam emprestados os seus significados.

O Domínio do Mal sobre O Homem

Quando interagiu com o satanás, o homem [Adão] permitiu que a ordem do mal permeasse sua natureza, de modo que todos que dele descenderam herdaram a mesma natureza pecaminosa.

Essa natureza pecaminosa é emocional, é carnal, e impera sobre os desejos, de modo que o homem, sabendo o que é certo [de ordem espiritual], sabe que deve fazê-lo, porém, tem em si, agora, a influência maligna que o impulsiona a agir de modo contrário à ordem do bem.

Como Paulo instruiu: o homem [no íntimo] sabe o que é bom, porém, como deixou de ser guiado pelo espírito para ser guiado pela carne, tem que, conhecendo o bem e o mal e querendo fazer o bem, não o consegue, mas o mal que não deseja fazer é por ele realizado.

Dessa forma, Paulo ainda a falar do homem VENDIDO SOB O PECADO, informa que, neste homem caído, não habita bem algum e ainda que queira agir bem, o querer está nele, mas não consegue efetuá-lo, pois não faz o bem que quer, mas o mal que não quer o faz.

Ao fazer o mal, quem o faz é o pecado, pois, lá no íntimo [no homem interior (razão/entendimento)] o homem sabe que deve fazer o bem, mas, quando pensa em fazê-lo, o mal está com ele [nele] o impedindo de fazer o bem e induzindo-o a fazer o mal, que opera no homem exterior [carne e emoções].

Assim, segundo o homem interior, o homem carnal entende o que é bom e pode até desejar fazê-lo, mas ao pensar em fazer o bem, encontra em si outra lei, que opera no corpo e na emoção, batalhando contra a lei de seu entendimento, prendendo-o debaixo da lei do pecado, tornando-o UM HOMEM MISERÁVEL.

Percebe-se, então, que, encontrando-se vendido sob o pecado, o homem tem sobre si uma dívida, uma cédula de débito que só pode ser paga com sangue puro.

A Redenção

Esta miserabilidade durou até à morte do Cristo, a morte de Jesus, pois, agora, o homem miserável pode dar graças a Deus por Jesus Cristo, que permitiu a todos os que aceitaram a OBRA REDENTORA da Cruz serem livres da lei do pecado.

Pois, agora, os que estão em Jesus não estão em condenação, pois não andam segundo a lei do pecado, mas na lei do Espírito de vida. Esta lei do Espírito de vida opera no homem interior, de dentro para fora, pois o que era impossível para a Lei foi possível pela morte do Filho de Deus.

Visto isso, temos que, até que O Cristo morresse em pagamento por nossas dívidas, aquele que nEle cria esperava a REDENÇÃO [ou Remição]. Após a morte dO Cristo, não se fala mais em redenção, isto é, em pagamento, em regaste, haja vista todos já terem sido redimidos, mas, agora se fala em REMISSÃO, em perdão, por aquele que suporta a afronta.

Os pecados contra Deus, agora, não são mais remidos, resgatados, mas sim remitidos, perdoados.

Antes se falava em resgaste, pois a vida do homem, o escrito de dívida que imperava sobre a vida humana estava em posse do satanás, pois lhe fora dado [Lc 4.6], mas esta dívida foi comprada por Deus, com o sangue de seu filho, O Cordeiro.

Portanto, quando uma pessoa em Deus peca, não se está mais a entregar ao satanás a sua vida, assim, não se fala mais em resgaste, mas a ofensa contra Deus é suprida com a confissão e o abandono da prática pecaminosa, operando sobre o confesso o perdão.

O RESGATE, isto é, a remição, se opera por um preço a ser pago; por sua vez, O PERDÃO, a remissão, se opera por misericórdia, compaixão.

Talvez, nesse sentido, que se fale em pecado para morte e pecado não para morte. Peca para morte aquele que, após ter conhecido O Cristo, torna a abandoná-lo. Como o resgaste não pode ser operado novamente, não se fala, também, em perdão. O perdão é para os resgatados.

O Resgate se operou sobre todos, a dívida de todos está paga perante o satanás. A dívida agora foi assumida por Deus, não está quitada pelo homem, para quitá-la o homem deve apenas reconhecer O Enviado, Jesus, O Cristo, porém, existem muitos servos de orelha furada que não querem ser libertos do pecado.

A impossibilidade de um segundo resgate é tratada pelo Escritor aos Hebreus, capítulo 6, onde se tem que um segundo resgate seria pensar em novamente expor o Filho de Deus ao vitupério.

Assim são dois os arrependimentos, um para a redenção e outro para o perdão. O primeiro refere-se ao aceitar ser redimido, resgatado, e só se opera uma vez, o outro arrependimento é o de que trata João, quando nos aconselha a não pecarmos, mas, se pecarmos, temos um advogado que nos ajuda em nosso arrependimento.

REMIÇÃO X REMISSÃO

A remição [redenção], assim, se apresenta como condição necessária para que se alcance à remissão, ou seja, era necessário que se fizesse o resgate [remição] de todos para todo aquele que o aceite alcance, também, o perdão [remissão].

A remição está pronta. O resgate já foi feito, está consumado, não se operará outra vez. O resgate está disponível para todos, pois o preço pago por Jesus tem o poder para resgatar a todos. Por sua vez, a remissão opera-se a todo instante e depende de que o homem aceite a redenção.

A redenção partiu de Deus, por seu Filho, a remissão, que é o perdão, deve partir do homem, que deve aceitar ser resgatado, para assim, ser perdoado. Aquele que não aceita a redenção de Cristo não está perdoado.

A redenção é operada pelo remidor em favor do devedor [o homem vendido], mas é paga ao credor [o satanás]. O satanás feriu o calcanhar de Jesus, matando-o, porém Jesus estava puro, sem pecado, mas se entregou em resgate de muitos.

A remissão, por sua vez, é operada em favor daquele que aceita ser remido, redimido. A graça não é a remição, pois esta deve ser operada por um preço determinado.

A graça é operada pelo perdão, que deve ser requerido a Deus, pelo homem.

A humanidade está resgatada, toda a humanidade, pertence àquele que a resgatou, mas só será perdoada se aceitar o sacrifício vicário de Jesus. Assim, para aqueles que aceitaram a Jesus, opera o amor, mas para aqueles que não O aceitaram, opera a Ira de Deus.

O que Deus fez com o ato redentor de Jesus, isto é, com a REMIÇÃO, foi pagar a dívida do homem, tomando-a da mão do satanás e trazendo-a para Si. Assim, a humanidade que estava sob a morte geral, enquanto sua dívida estava com o satanás, tem, agora a possibilidade de passar para a vida, caso aceite a quitação divina.

Deus, com a redenção, informa ao homem, que não é mais o satanás que tem a chave da morte e do inferno, mas sim, seu Filho, Jesus; informa ainda, com a cruz, que a dívida foi quitada junto ao satanás. A humanidade se encontra, assim, REDIMIDA.

Falta, agora, à humanidade, a remissão, o perdão. A única coisa que o homem deve fazer agora é aceitar a quitação feita por Deus, isto é, a reconciliação; para isso, deve olhar para O Cristo e O aceitar.

Assim, se a REMIÇÃO é um ato de Deus para com o homem, a REMISSÃO é um ato do homem para com Deus.

Deus está informando: a dívida está comigo, está quitada para com o satanás; em aceitando meu Filho, estará quitada para comigo também, ou seja, reconciliado, mas, em não o aceitando, a dívida permanece e deverá ser paga com a vida. Assim, o homem não pagará mais ao satanás, mas a Deus, no Dia do Juízo.

Com a redenção/remição Deus está convidando o homem à adoção, para lhe ser por Pai, sem se envergonhar de lhe chamar de filho. Caso o homem aceite o convite, opera-se, assim, a remissão, o perdão, quando não, a ira de Deus permanece sobre o homem.

Quanto à Ira de Deus, ver o artigo Deus Ama ao Pecador? de minha autoria.

A REMIÇÃO nada mais é do que a compra de uma dívida pelo GOEL [redentor, remidor], alguém que tem o direito de fazer o resgate. Ao comprar a dívida o GOEL passa a ter a propriedade do que foi resgatado. A dívida, assim, não está quitada, mas apenas tece sua titularidade transferida de uma pessoa para a outra [o redentor].

Exemplo, uma pessoa que fora tomada como escravo ou que tenha se vendido como escravo poderá ser comprada por outra pessoa, o que terá mudado sobre si apenas o fato de pertencer a outro senhor. A compra, contudo, nem sempre, ou quase nunca, está acompanhada de carta de libertação. Apenas o escravo terá de trabalhar para outro senhor.

No caso do homem, que está vendido sob o pecado, quando houve o resgaste, o que Deus comprou do satanás foi o domínio, pois, com isso, poderá dispor sobre a humanidade, porém a liberdade do pecado só é operado mediante a aceitação a Jesus, para que, a partir daí, o homem possa receber a operação do Espírito de vida, que anulará a operação do pecado [Rm 8.2]. 

Assim, ainda que comprados, muitos ainda estão presos no pecado, pois rejeitaram a Jesus, pois não foram comprados do pecado, mas da mão do satanás. Para serem livres do pecado, devem receber o Espírito Santo, que só vem mediante Cristo. Coo está escrito:

Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. [Rm 8.9]

Assim, o Evangelho pregado pela Igreja é o MINISTÉRIO DA RECONCILIAÇÃO. A humanidade está redimida para com o satanás, mas está em dívida para com Deus. A dívida para com Deus é perdoada mediante o crer em Deus como único e em Jesus a quem Deus enviou:

Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de seu Filho deu.

E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho.

Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida.

Os RECONCILIADOS são os que aceitaram a Jesus ou o esperaram. Assim, a palavra da reconciliação está sendo pregada, de modo que se roga para que o homem se reconcilie com Deus através de Jesus, O Cristo.

Características e Diferenças entre Remição e Remissão

 

 

REMIÇÃO

[Redenção; Resgate]

Ato de Redimir

REMISSÃO

[Perdão; Graça]

Ato de Perdoar

Duração no Tempo

Pontual, ato único: morte na Cruz

Contínua; pode se dar mais de uma vez

Direcionamento

Ato de Deus em direção ao homem: compra da dívida

Ato do homem em direção a Deus: aceitação do resgate mediante reconhecimento de Jesus como enviado por Deus para resgate.

Consequente obtenção do Perdão Divino

Quanto ao Custo

Ato Oneroso: o preço de uma vida santa

Gratuito

 

O Remidor [Go’el]

A remissão aponta, ainda, para a figura do remidor [redentor] que, em alguns momentos é identificado como o vingador. Cumpre saber que, independentemente de por qual figura a redenção está sendo operada, o que se tem como objetivo é o resgate de alguma coisa. O vingador, a vingança, tem como objetivo o resgate da honra.

Quando uma pessoa agrava outra, causando-lhe uma dívida, a pessoa agravada tem o direito de ser reparada, na medida da agressão sofrida. Uma pessoa que mata o filho de alguém, causa um débito na família deste, que será sanada com outra vida, a sua própria ou a de um familiar, de modo a restabelecer a honra daquela primeira família.

Caso a remição não se operasse por meio de Jesus nem fosse planejada por Deus, todos os homens que morressem, como são pecadores, receberiam a mesma condenação, quando diante de Deus fossem julgados.

Nenhum homem se salvaria, por mais reto que fosse. Todos os homens que morreram antes que se operasse a remissão crucífera e que tenha vivido esperando-a, alcançando o testemunho de justos, foram também pela cruz resgatados.

Reforçando a ideia de que a REMIÇÃO/REDENÇÃO não traz consigo, isto é, não tem como primeiro objetivo a liberdade, mas tão somente a transferência de propriedade.

Tomando o exemplo de Boaz, remidor de Rute, percebe-se que a remição não teve por objetivo trazer algum tipo de liberdade a Rute, mas sim o de dar-lhe um novo senhor.

A Remição e a Remissão na Lei

A Remição

Na Lei de Deus, dada por Moisés, o resgate poderia se dar sobre uma propriedade, sobre uma pessoa, ou sobre uma vida [honra]. Esse resgate era, normalmente, operado pelo parente do pobre que tenha precisado vender uma propriedade ou vender a si mesmo para pagamento de dívida, por ter caído em pobreza.

Na ausência, porém, do parente, o resgate poderia se dar pela própria pessoa, caso ela alcançasse, ao longo dos anos, poder para resgatar a si mesma. Ainda, assim, caso não conseguisse, a própria Lei a resgatava, mediante o JUBILEU, que se operava a cada 50 anos [Lv 258-17].

Contudo a Lei fala que nenhuma venda se faria de modo perpétuo [exceto se se referisse a propriedade urbana], pois, ainda que o pobre não tivesse parente ou como resgatar, reaveria sua propriedade ou sairia livre no ano do jubileu.

Era vedada, ressalvada a exceção apontada, a venda de uma propriedade rural de modo perpétuo, pois a terra é de Deus; também era vedada a venda de si mesmo como servo de modo perpétuo, pois os servos são de Deus, que já os havia resgatado do Egito.

Esse parente próximo, o resgatador [GO’EL], é identificado, também, como o vingador do sangue derramado [Nm 35.12].

O julgamento do homicida voluntário ou involuntário [Nm 35.9-34] pode resultar na entrega [remição] ao VINGADOR DO SANGUE [GO’EL (remidor/resgatador)] ou na remissão, que é o envio do feridor a uma lugar de refúgio.

Mas o que o vingador do sangue estaria resgatando ao matar o homicida? Acredito que a honra e a própria justiça da lei [olho por olho, dente por dente]. Nesse caso o parente está resgatando [remindo] a honra do falecido que morrera injustamente.

Caso houvesse possibilidade de se perdoar o homicida voluntário [doloso] e assim o vingador fizesse, este não estaria assim, remindo/redimindo/resgatando o dano, mas remitindo, isto é, perdoando-o.

A Remissão

A Lei tratava ainda da remissão. Diferente daquela [remição], que se trata de um resgaste, a remissão trata do perdão.

A remissão tratada na Lei era uma obrigação que deveria se dá a cada sete anos [a contar, parece, da entrada à Terra Prometida]. Consistia no perdão da dívida que porventura tenha se contraído por um judeu junto a outro judeu.

Este, pois, é o modo da remissão: todo o credor remitirá o que emprestou ao seu próximo; não o exigirá do seu próximo ou do seu irmão, pois a remissão do Senhor é apregoada. [Dt 15.2]

 

A Operação da Remição e da Remissão

Em o Novo Testamento, também a remição e a remissão são tratadas como tendo cada qual sua distinção.

Em Lucas 24.47 temos que

E em seu nome [de Jesus] se pregasse o arrependimento [aceitação/confissão] e a remissão [perdão] dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém.

 

Também na Carta aos Éfesios 1.7 temos

Em quem [em Jesus] temos a redenção [resgate] pelo seu sangue, a remissão [perdão] das ofensas, segundo as riquezas da sua graça.

Apesar de serem atos distintos, pode ocorrer que a remição [resgate] se opere junto com a remissão [perdão].

Para aqueles que morreram em Deus e esperavam O Redentor [O Messias (O Ungido, O Cristo)] de que Deus falara, quando do sentenciamento da serpente, ou seja, para aqueles que desceram à cova antes que O Messias viesse, quando da operação do resgate crucífero, se operou ao mesmo tempo o perdão.

Todos que estavam esperando O Messias e morreram o esperando foram não só resgatados, mas também reconciliados, perdoados por Deus, no mesmo instante do resgaste.

A morte de Jesus, também, sentenciou àqueles que morreram desprezando a promessa feita no Édem. Morreram em suas injustiças, não havendo para eles, a princípio, a possibilidade de Remissão, isto é, a possibilidade de perdão, porém, estes também foram redimidos, isto é, tiveram suas dívidas compradas, devendo, por isso, ser julgados por Deus.

A redenção serve, assim, para julgamento e não deve ser confundida com a remissão [o perdão], pois, apesar da remição [resgate] ser para todos, a remissão é para os que creem.

Por exemplo, todos foram resgatados do Egito, mas nem todos entraram à Terra Prometida, pois o resgate [remição] alcançou a todos, mas a promessa [remissão] alcançou apenas aos obedientes.

Para os vivos, todos vivem sob a expectativa de perdão, estão igualmente redimidos, podendo ser remitidos, isto é, perdoados, se aceitarem a Jesus. Assim, para os vivos, a remição e a remissão se dão em momentos distintos.

A redenção opera, para os mortos, a justiça de Deus, para uns salvação, para outros condenação.

Conclusão

Deus é Nosso Redentor, Ele nos comprou por alto preço, a vida de seu Filho, para que pudéssemos recebê-Lo como único Senhor e a Jesus a quem Ele enviou.

Para isso, deve-se apenas aceitar sua obra redentora, a obra de reconciliação iniciada na Cruz e que deve ser perseguida por cada um, mediante o arrependimento das obras mortas.


Deus É Fiel!


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