Eu Sou do Meu Amado e Ele é Meu
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Eu Sou do Meu Amado e Ele é Meu
Jesus é exclusivo da Igreja e a Igreja é exclusiva de Jesus. Essa é máxima com a qual iniciamos este artigo.
Não se deve temer nem estar inseguro quanto ao pertencimento de Jesus, isto é, quanto a quem Ele pertence. Do mesmo modo, não se deve estar inseguro quanto a quem a Igreja pertence, pois nenhum Jesus de Nazaré foi pregado que não o tenha sido primeiro pela Igreja.
Assim como a noiva pertence ao noivo e este àquela, Jesus pertence à Igreja e esta pertence a Ele.
Assim como Mandela pertence à África do Sul e aos sul-africanos, assim como Ghandi pertence à Índia e aos indianos, Assim como Martin Luther King e George Washington pertencem aos Estados Unidos e ao seu povo, assim como Maomé pertence ao Mulçumanos, JESUS PERTENCE À IGREJA.
Eu Sou do Meu Amado e Ele é Meu
Não há história contada sobre tais personagens que não o tenha sido primeiro no meio do seu povo e por seu povo. Cada um deles foram conhecidos por seus feitos empreendidos no meio de seu povo, reverberando, daí, conforme o caso, em outros povos.
O fato da fama de tais personagens terem ultrapassado fronteiras não anula a sua origem e o seu pertencimento. Cada um que queira se inserir e se sentir pertencido a algo deve entender e respeitar a origem de cada coisa.
Deve-se diferir, contudo, mesmo que não exaustivamente, o pertencimento nacional do pertencimento humano ou transnacional. O pertencimento nacional identifica determinado indivíduo a um povo, a uma nação, bem como a um Estado. O pertencimento humano identifica um indivíduo, em razão de seu feito, como símbolo transnacional [ex.: Pelé, Bolt, Jordan, Einstein, Da Vinci etc.], para quem a noção de pertencimento supera as barreiras nacionais.
Deve-se ainda, dentre tantos modelos de pertencimento, destacar o pertencimento religioso, que identifica o indivíduo em razão de qualquer transcendência que lhe fora atribuída. Por assim dizer, Buda pertence ao budismo, Confúcio ao confucionismo, Zaratustra ao zoroastrismo. Por sua vez Jesus pertence ao Cristianismo.
O que se quer dizer com isso? A fase embrionária de qualquer doutrina é formada, pelo que parece, por um núcleo rígido, que se compõe de um pequeno número de asseclas, a partir dos quais a doutrina será propagada e solidificada, caso prospere. Este pequeno número de asseclas são as fiéis testemunhas de seu personagem divino. No caso do Cristinanismo, as testemunhas-mor foram os doze.
Qualquer que queira tomar posse de qualquer personagem, deverá fazê-lo novo. Qualquer que queira criar um Mandela, um Alexandre Magno, um Artaxerxes, para si, não terá para si o precursor, mas um derivado, fruto de sua imaginação, o personagem de sua idealização.
Dos Personagens Religiosos e Históricos
Determinado personagem religioso pode originar-se de um personagem histórico já posto, ou partir de um novo. Uma pessoa pode, lendo a história de Mandela, dizer que encontrou neste uma iluminação e inspiração transcendente e, a partir daí, construir uma religião e atrair discípulos para perpetuá-la. Pode-se, ainda, criar um personagem novo, a partir de uma visão, de uma ideia, de um encontro, de uma experiência mística e, da mesma forma, criar uma religião.
O que não se pode é negar os elementos históricos e, a partir daí, mudar a figura do personagem, de forma a ofender o que já está posto. Ninguém, sem desconsiderar os fatos, dirá que Ghandi não é indiano, mas sim francês, ou que Mandela nasceu na Finlândia e que ele foi branco de olhos azuis.
Na verdade, até é possível que tudo isso se diga, mas não sem desconsiderar os elementos históricos, não sem desconsiderar os dados, as informações, não sem desconhecer o que já está posto, quando não há elementos que embasam ou subsidiam sua formulação, além de uma experiência meramente individual, ou mesmo coletiva, mas reduzida.
O Pertencimento de Jesus
O pertencimento de Jesus difere do dos outros, pois este pertencimento decorre de um contrato, de uma proposta, de um noivado, cujas bodas já têm data marcada. Jesus não pertence à Igreja por nela ter tido origem, mas por conhecê-la e propô-la casamento.
Eu Sou do Meu Amado e Ele é Meu
Como qualquer daqueles homens, que pertenceram ao seu povo, Jesus pertenceu aos Judeus, como está escrito:
[...] a salvação vem dos Judeus. [Jo 4.22]
Em outro momento, diz:
porque veio para os seus, mas os seus não o aceitaram [...] [Jo 1.11]
Por assim dizer, o Jesus de que se fala, teve sua história contada, primeiramente, pelos seus, os Judeus. Assim, Jesus repousou na história humana, tendo nela registro. É, portanto, um fato histórico.
Jesus, porém, veio com uma missão, casar-se com o seu povo, porém não o achou pronto, de modo que, a partir do seu povo, constituiu um novo, para daí achar a sua noiva e chamá-la para fora. Achou a Igreja, cuja chave fora entregue a Pedro e, com a entrega, a declaração:
[...] o que ligardes na terra será ligado no céu e o que desligardes na terra será desligado no céu. [Mt 18.18]
A Pessoa de Jesus
Jesus na História
Como dito, Jesus pôs os seus pés
na história humana, marcando-a como nenhum outro jamais fez. A sua vinda, a sua
estadia, o seu retorno, estavam registrados por seu povo, que o esperava. Sendo
um fato na história, na história judia, são os Judeus assim, os autores e os
responsáveis por seu conhecimento.
Nenhum Jesus de Nazaré, filho do
Deus de Abraão, Isaque e Israel foi achado na história que não a história dos
Judeus.
Hoje se vê muitas reproduções de
imagem de Jesus, pessoa determinadas a dizer como Jesus foi ou com quem ele
pareceu. Na maioria das vezes erram por desconhecerem os registros históricos
que dEle tratam.
Sabe-se que o Jesus de que se
fala é aquele registrado nas Escrituras, na Bíblia Sagrada. Assim, como um fato
na história, esses Jesus, filho de judeus, não pode ser negro, mulçumano,
árabe, chinês, indígena, tendo sido um simples homem judeu.
Muito se especula sobre a sua
[de Jesus] aparência se assemelhar a de um árabe. Porém sabemos que os árabes,
também conhecido como agarenos, são filhos de Abraão com Agar, uma egípcia.
Ambos geraram a Ismael, pai dos Árabes.
Por sua vez, os judeus descendem
da união de Abraão com Sara. Ambos geraram a Isaque, que gerou com Rebeca a Jacó
e Esaú, este é Edom, pai da terra de mesmo nome, aquele é Israel, pai de doze
homens, entre os quais, Judá, de quem vem o nome judeu.
Não há razão história, então, para Jesus ser semelhante a um árabe, a um fenício, a um nórdico, a um negro ou a qualquer outra raça. Como aspecto religioso, por sua vez, qualquer um pode imaginar o seu Jesus, quando estiver buscando a sua satisfação espiritual, e idealizá-lo como quiser, mas não será o Jesus de Nazaré.
Jesus e a Igreja
Em que pese cada um poder ter o
seu Jesus, conforme se expôs há pouco, há, por sua vez o Jesus da Igreja, que
se vincula ao Jesus histórico, o Jesus Cristo, o Nazareno, cuja primeira
religião sobre Ele é por aquela [a Igreja] estabelecida, pois a nenhum outro foi dada
autonomia para revelá-lo senão à Igreja.
Assim como qualquer pessoa que
queira conhecer o budismo deve procurar um budista, assim com qualquer que
queira conhecer o islamismo deve se chegar a um islamita, assim com qualquer
que queira conhecer do judaísmo deve se chegar a um rabino, qualquer que se
proponha conhecer e saber do cristianismo deve se achegar a um cristão.
A fórmula é simples, a
matemática é ensinada pelo matemático, a história pelo historiador, o português
pelo letrado. Assim também, o cristianismo é ensinado pelo cristão. Não se trata do
conhecimento do Jesus histórico, pois os seus registros são acessíveis a todos.
Trata-se, sim, do aspecto espiritual do Cristo, o que só pode ser transmitido
pela Igreja.
A Igreja toma esta glória para si, por ser a noiva de Cristo, a quem foi dado o Espírito Santo, por meio unicamente de quem se pode conhecer a Cristo. Como está escrito:
[...] ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. [1Co 2.11]
Igualmente, em outro ponto, diz:
[...] ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema, e ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo. [1Co 12.3]
Da Noção de Pertencimento
A construção e idealização de personagens pode decorrer diretamente da Noção de pertencimento que cada um tem dentro de si. E eu falo pode, pois não sou psicólogo, sociólogo ou antropólogo, mas, como qualquer ser humano, leio o mundo, dele inferindo o que me parece.
Por mais que a Igreja a que Cristo se referiu não tenha nem tivesse etnia, raça, nação, tribo etc. como pré-requisitos estabelecidos para dela ser parte, os erros que foram engendrados por seus líderes marcaram pessoas em suas individualidades, criando uma espécie de sentimento de não-pertencimento à Igreja e, por conseguinte, a Cristo.
A Igreja é esse congraçamento de pessoas que, despojando-se do que os distinguem – etnia, língua, nação, tribo – e apegando-se ao que os unem – a Salvação ofertada por Cristo. É, portanto, estranho alguém tentar individualizar a Cristo, de modo a criar caricaturas que em nada correspondem à realidade histórica de seu personagem.
Me ocorre, assim, que a explicação mais plausível é a que parte da sensação de exclusão ou de não-pertencimento que possa operar sobre o indivíduo.
Isso porque todos os homens têm um vazio espiritual que é do tamanho de Deus. Por conseguinte, nenhum homem quer se ver excluído da salvação, isto é, da vida eterna junto a Deus, por mais que não o creia firmemente, o quê, partindo deste pressuposto, passa a criar para si, seu próprio Cristo.
Falo de Cristo, pois estamos no ocidente, mas, nos quatro cantos da Terra, o homem cria meio de salvar-se espiritualmente, criando alternativas àquelas das quais se sintam excluídos.
Conclusão
A melhor pessoa para testemunhar sobre uma outra é aquela que com esta conviva. Não é diferente no tocante às coisas espirituais. Com a certeza de que Jesus é aquele que anda no meio dos castiçais de ouro, isto é, da Igreja [Ap 2.1], devemos entender que ninguém recebe a glória de falar da divindade de Jesus e do seu plano de redenção, senão a sua Igreja.
Deus É Fiel!
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